quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

É melhor andar a pé

Em que merda de sociedade vivemos?
Dou comigo a olhar para uma placa: "Proibido falar com o motorista"!
Isso mesmo. Há uns dias, de volta a casa e a fazer aquele esforço que só quem anda de transportes públicos conhece para não ter um "tete-a-tete" com a pessoa que vai colada a nós no autocarro, vejo este aviso. Mas o que é isto?
Já estou a imaginar:
- Quero ficar no parque da cidade. Pode dizer-me qual é a paragem?
- Psiuuu! Não pode falar comigo! (Quase a sussurrar)
- Mas...
- Não pode, não leu o aviso?
- Sim, mas preciso de ajuda...
- Compre um roteiro...
Dias depois, entrei no autocarro e já não vi a placa que proibia falar com o motorista mas sim... 'conversar' com o motorista. Fiquei muito mais descansada porque são formas de convívio completamente diferentes. Falar pressupõe apenas uma pergunta e a consequente resposta (isto se os senhores motoristas tiveram estas explicações no curso de formação!!). Já conversar poderá levar-nos a uma amena cavaqueira... e isso é que não pode ser, não é?? Trabalho é trabalho...
Pois bem sei que os senhores motoristas apenas cumprem ordens. Mas quem as dá? Chega dizer que lá na cidade os autocarros pertencem à Câmara Municipal??? Ouvi dizer que há uns tempos um motorista aviou, e em grande, um passageiro que, ao que contam, o estava a provocar. Mas também sei que o que levou o tareão é um homem que sofre de problemas psíquicos e que toda a gente conhece como tal. As pessoas sensatas costumam ignorá-lo, mas o motorista optou pela violência. Devia ter pensado melhor e ter feito greve, de preferência à Sexta-feira, pois vem sempre a calhar.
Outros tantos dias depois outra surpresa! Afinal também não podemos entrar com o carrinho do bebé. "Cara mamã: Se quiser ir passear com o seu bebé, deixe o carrinho em casa. Leve-o ao colo p'ra ver o que é bom p'ra tosse!"
Uma sugestão: Os motoristas lá da cidade deviam seguir o exemplo dos colegas da Carris: andam a conduzir com o MP3 e os fones metidos nos ouvidos. Assim, ninguém os chateia. Mas isto é em Lisboa... que é muito mais chique!!
Estou à espera do dia em que vou ler: "Proibido entrar sem tomar banho". Isso é que era ver gente a descer, a pé, a Avenida!
E pronto, fiquei indignada e queria partilhar. Não acho isto nada normal...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Dá cá uma raiva

Quando te vêem deitado, de olhos fechados, na tua cama, com a luz apagada e te perguntam:
- Estás a dormir?
- Não! Estou a treinar para morrer!
Quando a gente leva um electrodoméstico para a reparação e o técnico pergunta:
- Está avariado?
- Não!... É que ele estava cansado de estar em casa e eu trouxe-o para passear.

Quando está a chover e percebem que vais sair à chuva, perguntam:
- Vais sair com esta chuva???
- Não, vou sair com a próxima...

Quando acabaste de te levantar e vem um idiota (sempre) e pergunta:
- Já acordaste?
- Não. Sou sonâmbulo!

O teu amigo liga para tua casa e pergunta:
- Onde estás?
- No Pólo Norte! Um furacão trouxe a minha casa para cá!

Acabas de tomar banho e alguém pergunta:
- Tomaste banho?
- Não!... Está a chover na casa de banho!!!!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Em posse do amor


O amor é uma actividade, não um afecto passivo
É um acto de firmeza, não de fraqueza...
É propriamente dar, e não receber.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Erro no sistema


Não sou perita em percentagens e dados estatísticos. Gosto de abordar factos, dar e ouvir explicações … quando estas são aceitáveis.
Contactar um serviço de apoio ao cliente é, para mim, uma tortura só comparável com a ideia de um prato de favas na mesa.


Serviço = Préstimo


Apoio = Ajuda, auxílio


Cliente = Aquele que desespera pelo serviço de apoio

Colocá-los perante factos: “Já enviei 3 fax’s, 4 email’s, 2 cartas e a situação continua na mesma. Como fazemos?”
Do outro lado: “Pedia-lhe que nos contactasse mais tarde, não estou a conseguir aceder ao sistema”. Arggghhhh… Acabam logo ali com qualquer defesa.

Mas se disseres: “Quero liquidar uma dívida”.
Do outro lado, “Com certeza. Tenho o prazer de estar a falar com…? Ah, sim, estou a ver no seu processo que, de facto, há um valor em aberto e podemos já proceder ao pagamento”.
Aí já conseguem ter acesso a tudo. Morada, NIF, BI e se calhar até ir à nossa conta antes que esta fique a descoberto. (Que é como quem diz… “Tás entalado”!)

Isto já para não falar de quando estás eternamente à espera que te atendam e passados 20 minutos, a chamada cai. Ou mesmo quando finalmente conseguiste chegar ao operador, estás a meio da explicação daquilo em que ele pode ser útil e ups, a chamada caiu. Voltas a ligar e a explicar tudo outra vez.

Créditos fáceis. A primeira ganza de um toxicodependente.
“Aprovação em 24 horas. Sem burocracias”
Desespero, necessidade e lá vai disto. Uns euritos que dão para safar momentaneamente. “Quando acabo de pagar isto?”
“Não acaba, isto não é um crédito comum. A única coisa que lhe posso dizer é o montante em dívida”.
Importa-se de explicar melhor?
Ou então quando dizem que só podem dar informações ao titular do cartão.
“Rui, podes ligar e fazer-te passar pelo titular? Assunto resolvido. Telefone em alta voz. Sem burocracias.

Talvez por influência dos ‘Stinking cat’ (agora brilhei com o meu inglês) e na aposta incrementada (incrementada, é giro!) em melhorar o serviço, o apoio para a obtenção de números telefónicos úteis até que está diferente. Ou não se lembram do atendimento do extinto 118? Operadores de nacionalidade duvidosa que não percebiam os dados que fornecíamos, nem nós o que eles diziam… Diferente mas pouco, continua a ser um serviço caro como o clh.


Como diria o meu grande mestre Mário Alves: “Puta c’os pariu”!

Faço aqui as devidas reservas porque há serviços de apoio ao cliente que até funcionam bem… huuummm … ok, já volto.