quinta-feira, 27 de março de 2008

A devida homenagem



Através de uma pesquisa banal na net, tive conhecimento de que a discoteca onde eu passei alguns dos melhores momentos da minha juventude... fechou há cerca de 3 semanas.
Há 12 ou 13 anos nem sequer pensávamos que um dia o Primo Xico - sim, era este o nome daquele mítico espaço - iria ceder à concorrência. Ao que hoje a minha irmã e outros da idade dela não dão importância está na memória da minha geração como um escape para encontros amorosos, os primeiros cigarros e o pretexto para chegar mais tarde a casa. Se nos queriam encontrar... era no Primo Xico. Abria à meia-noite e fechava às 2 da manhã. Eram duas horas de puro êxtase, futilidades ao mais alto nível e comportamentos perfeitamente pueris. No fundo, foi o símbolo da liberdade que tinha na altura e das responsabilidades que nunca mais chegavam.

Hoje em dia era conhecido apenas como o PX, sendo que a felicidade dos jovens lá da terra agora é repartida entre o Indiferente, o Bar da Fundação, o Koppus, e outros que tal.

Perdeu-se a mítica, perdeu-se o orgulho de dizer "estive no Primo Xico", mas eu estou aqui a escrever e sinto as mesmas borboletas no estômago.



quarta-feira, 26 de março de 2008

Ontem

... pela primeira vez o meu Bi disse-me "Não gosto de ti!"


E acreditem que doeu.

terça-feira, 25 de março de 2008

Sem limites

A propósito do episódio tornado público em que uma aluna numa escola do Porto entra em confronto com uma professora, ouvi um comentário do género: "A professora não tinha nada de lhe tirar o telemóvel". Perante esta triste observação, não pude deixar de reagir.
Afinal, o professor é ou não a autoridade dentro da sala de aula? A questão é tão simples quanto isto: Dentro da sala de aula, aprende-se. Não há espaço para faltas de educação e criancices. Ponto final.
Lembro-me que no meu tempo (e não sou do tempo da outra senhora) havia respeito pelo professor e eu chegava a ter medo quando era convocada uma reunião de encarregados de educação. Não que me porta-se mal, mas havia um respeito difícil de ultrapassar, quer pelos professores, quer pelos pais.
Ainda hoje recordo a D.ª Luísa - a minha professora - e tudo aquilo que aprendi com ela. Recordo todos os meus professores, aqueles que me deixaram boas e más recordações. Mas recordo-os a todos, porque todos eles fizeram parte de uma época da minha vida da qual eu tenho saudades. Sentimento que os alunos da actualidade não conhecem.
Arrepio-me só de pensar no futuro desta geração e começo a ficar com receio dos valores que o meu filho vai ou não assimilar.
Outras notícias me espantam. Vi uma reportagem que não acompanhei de início mas que retratava os perigos das linhas de alta tensão, nomeadamente, junto a Santa Apolónia.
Pois bem, o cerne da questão estava na falta de sinalização e no pessoal que sai do Lux com um copo a mais (mas que, como disse um dos entrevistados, "não estava assim tão bêbedo") e vai de saltar para cima das cantenárias. Resultado: Electrocução. Mais que visto.
Pois, mas não havia sinalização!!! Pois não, eu ontem também vi um buraco no chão, mas como não tinha nenhum aviso atirei-me lá para dentro.
Será que sou a única a saber definir os limites do bom senso?

quarta-feira, 19 de março de 2008

A ti

És o meu maior guerreiro, soubeste ser criança comigo, foste duro quando precisavas, foste as minhas asas, és meu amigo, és meu defensor.
Através da tua maneira de encarar a vida, construi os meus sonhos, alguns estão realizados. Estiveste comigo nas vitórias e derrotas e várias vezes me disseste: "Sabia que conseguias".
Continuas a ser o meu equilíbrio e em ti vejo a verdade, a humildade, o perdão, um grande sorriso e sei que de ti herdei alguma impulsividade.
Senti um grande orgulho quando me disseste: "O pai vai voltar a estudar" Que momento, que momento!
A tua vida é feita de coisas simples. A família, o trabalho. Pouco mais... Gostava de te poder dar tudo o que mereces e sentir que agora é a minha vez de me sacrificar por ti.
Quantas vezes penso em te dizer palavras de amor, palavras sentidas! Não queria adiar esses momentos, mas quantos de nós não o faz? Até tu!! Mas eu sei e tu sabes o sentimento e cumplicidade que nos une.
Estás longe, mas sempre no meu pensamento.
Obrigada por tudo.
Obrigada por seres O MEU PAI

Sabedoria musical

Ontem duas amigas à conversa. Juro que presenciei esta cena.
Amiga 1 - Levo aqui um CD dos Tokio Hotel para gravar.
Amiga 2 - Gostas disso?
Amiga 1 - Não sei, mas tá na moda. Vou experimentar.
Amiga 2 - Viste as gajas a chorar por causa do concerto que foi cancelado?
Amiga 1 - Ya. Havia lá uma que a mãe ainda estava pior que ela. Eu percebo bué de música e na minha altura ouvia Guns N'Roses, ou o que é (exemplo de que realmente percebe do que fala). Gostava muito e tive os discos todos deles.
Amiga 2 - Eu passava-me com o Brai Adams, as Spice e os Blackstreet Boys.
Amiga 1 -Já ouviste a canção que vai ao festival da canção? Eh pá, é mesmo gira.
Amiga 2 - Já. Também gosto muito.
E graças a Deus saí na paragem seguinte...

segunda-feira, 17 de março de 2008

A era Ruca


Lá em casa há Ruca a toda a hora.

Ah, mas não faz bem às crianças estarem tanto tempo em frente à televisão, blá, blá, blá... Tretas!!!

O meu Bi não é de ficar quieto e o facto dos dvd's estarem quase riscados não é sinónimo de horas e horas em frente ao ecrã. Isto para dizer que eu vejo mais aquilo do que ele, que se contenta em ouvir os sons enquanto brinca.

Há episódios que já sei de cor e servem até para a historinha de dormir...


No entanto, há ali algumas incongruências e falas, digamos ... de algum carácter fálico. Senão vejamos:

- Mamã, quero mostrar a minhoca ao Luís!

- Avô, vamos bater umas bolas?

Ao que o avô responde:

- Gosto muito de bater umas contigo, Ruca!


Alguém sabe o nome da mãe, do pai, do avô e da avó do Ruca?


As aventuras do Bernard também são giras. Pelo menos o urso não fala.

quarta-feira, 12 de março de 2008

É proibido morrer

São notícias como esta que alegram o meu dia.
"Na impossibilidade de ampliar o cemitério, o autarca de Sarpourenx, uma vila no sudoeste de França, tomou medidas radicais e proibiu os munícipes de morrer. Num comunicado público, Gerard Lalanne avisa que os infractores serão duramente punidos".
Pergunta: "Como é que se pune severamente alguém que decide morrer?"

terça-feira, 11 de março de 2008

Acabem com isto, por favor

Há anúncios que me irritam e que por isso mesmo me levam a ter, cada vez que os ouço, uma sensação de ... expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca.
É o caso de um novo anúncio da Vodafone que julgo só passar nas rádios e que me irrita profundamente:
"Amo-te Manel Zé, Amo-te!!!. És lindo!!!"
"Eu sei, eu sei" Oh baby..!!"
Isto dito num misto de vozes graves e agudas sem qualquer nexo.
O objectivo é levar as pessoas a cantar para poderem ganhar bilhetes para o Rock in Rio.
Pois eu preferia pedir esmola à porta do dito transporte público...
É que irrita-me mesmo este anúncio.
De qualquer das formas, o Manel Zé é capaz de ser um bom treinador para o SLB.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Balas & Bolinhos

Já aqui referi várias vezes a minha falta de tempo para horas de lazer. Pois eis que no sábado tive uma folga e lá vai disto... um filme para descontrair.
Como os bilhetes do cinema estão caros, decidi ficar em casa e entre os DVD's que ainda estão intactos: "Vou ver este. É curto e deve dar para rir um bocado".
A escolha foi para "Balas & Bolinhos". Tanto cromo junto que deu para encher a caderneta.
É a saga II de um filme português com 62 minutos. Este, porque o I só tem 40 minutos. Consta que não houve cachet para mais...
Aventuras à portuguesa com realização de Luís Ismael. É preciso dizer mais?
Recusei-me a ser testemunha desta aventura sem precedentes.
O zapping salvou-me. Apanhei um filme no AXN, mas não consegui apanhar o nome. Era bom.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Dia Internacional da Mulher

Impõe-se um post sobre o Dia Internacional da Mulher que se comemora amanhã, 8 de Março. Não vou falar sobre as desigualdades a que dizem estar sujeitas até porque... acho que não existem! É mesmo isso. E agora?
Sou mulher e nunca me senti discriminada em situação alguma. E as que dizem ser, era bom que fundamentassem essa acusação. A igualdade salarial, por exemplo, deveria ser equiparada ao trabalho que exercem. Se escolhem uma profissão em que se mostram aptas a fazer um trabalho que dizem ser de homens, não deveriam depois negar essa função dita "mais pesada". E sei do que falo.
Não queiram viver na sombra do antes 25 de Abril. Esse já lá vai. Não queiram sair para a rua gritar palavras de ordem, fazer greves e manifestações sem dar continuidade a essa vontade ou revolta. Somos ou não somos livres?
Afinal, o dia de amnhã até nos homenageia. Isso quer dizer alguma coisa, certo?
A isto chama-se... como é que se diz?... Hipocrisia.
A mulher é mãe, a mulher sabe dar amor como ninguém, a mulher é misteriosa, é causadora de inveja, é sensível, é dominadora, é inteligente, é criativa. E só elas é que conseguem ser assim conotadas. O que querem mais?

quinta-feira, 6 de março de 2008

Reinventa-te


Estou sem paciência para ficar à espera que a vida aconteça. Parece que estou em stand by e invade-me um medo tremendo de que a rotina se apodere de mim.


Acordo com o som de sempre. Sempre à mesma hora. Sempre o mesmo ritual. Saio de casa e a cada passo os meus olhos batem nas pessoas de sempre, sentadas nos lugares de sempre. O primeiro café tem o mesmo sabor do dia anterior, e do outro e do outro. O trabalho... como sempre. Passo pelos blogs e jornais diários de sempre.

Nada de novo, portanto!


No regresso a casa, a cena repete-se.


Há uns anos contentava-me com o pouco que tinha. Agora, sinto que me falta algo. Não me perguntem o quê. Não consigo explicar. Talvez porque nem eu saiba.

Quero ter tempo para mim, para as minhas coisas, para os meus gostos. Quero chegar a casa, tomar um banho longo, deitar-me no sofá, acordar no dia seguinte e ver que estou atrasada. Quero viajar, fazer compras, deitar fora o relógio, desligar o telemóvel. Não quero ir onde os outros vão, só porque eles gostam e eu gosto de os ver felizes.

Quero ser autoritária, explicar as coisas como elas são e não ter medo de magoar alguém. Afinal, já me magoaram tanto!!!


Há coisas que conseguiria ultrapassar mas não tenho coragem. Há outras que poderia fazer por mim, mas sou muito dependente.


Vou, por isso, deixar a cargo do Destino aquilo que ele me quiser dar.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Quero ir


Mas não sei que dia escolher.


Alguém me ajuda?