Na rádio que costumo ouvir de manhã têm a mania das efemérides, dias mundias disto e daquilo e coisas que tal. Daí que descobri que hoje é o Dia Nacional da Pastilha Elástica. Meu Deus...
Sem querer desfazer as visões pueris da altura em que as pastilhas Gorila e Super Gorila faziam balões do tamanho do mundo, havia também as outras que três mascadelas depois já tinham perdido todo o sabor. Ainda não tinha chegado o sabor a canela/banana/morango/laranja/manga/papaia/kiwi/ ou mesmo estes todos numa só.
Lembrei-me então que umas das frases que sempre detestei ouvir foi: "Estás-te a esticar como a pastilha elástica"!
Estão a ver aquelas frases que toda a gente acha piada mas que a ti te irritam profundamente? Isso.
Nesta senda, lembro-me também de observações pouco inteligentes em que só apetece esmagar a pontapé a boca de quem as profere. (Vou-vos poupar aos afamados piropos de andaime)
- Querias, querias batatinhas com enguias!
- Vai dar banho ao cão
- Isto está terrível (única atitude para explicar a actual situação económica)
- Perdi o autocarro. - "Como é que perdeste uma coisa tão grande?"
- Vou almoçar: - "Não comas tudo. Deixa um bocado para mim"
- Estar num momento de desespero e as únicas palavras de conforto que ouves são: "Tem calma. Se calhar foi melhor assim"
- Ligar no dia 1 para a mãe, dizer-lhe que vou lá dia 20 e ela perguntar: "O que queres almoçar?"
terça-feira, 30 de setembro de 2008
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Eu, *******, me confesso
É simples denegrir a imagem de alguém. E depois da pouca sorte de Sábado à noite, bonito, bonito foi ouvir a confissão de Nélson de que, em género de praxe, assediou Liedson aquando da sua chegada ao clube.
Parece que o pobre coitado do magricela saia a correr do banho quando o guarda-redes entrava e não se livrava de umas boas festinhas nas pernas. Devia também ser esse o pensamento do rapaz quando entrava em campo, tal eram as cavalgadas que dava.
Agora admira-te, Nélson, se te começarem a olhar com desconfiança...
Parece que o pobre coitado do magricela saia a correr do banho quando o guarda-redes entrava e não se livrava de umas boas festinhas nas pernas. Devia também ser esse o pensamento do rapaz quando entrava em campo, tal eram as cavalgadas que dava.
Agora admira-te, Nélson, se te começarem a olhar com desconfiança...
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Amor do avesso
Vá lá, olha-me nos olhos. Precisamos de falar. Ou melhor, conversar. Tenho tanta coisa para te dizer. É incrível como as pessoas conseguem ser tão frias quando confrontadas com a verdade. A verdade que existe há anos mas que teimam em não ver. Não vou exagerar com palavras como monotonia e inferno em que se tornou a nossa vida que tanto nos custou a construir. Não me lembro do dia em que decidimos deixar de ser um só. Eu pedi-te isso?
Não me peças então para reconsiderar, nem para me acalmar. Porque olhar para o passado é ver que a chama já não pertence à paixão e muito menos ao amor. As nossas diferenças que pareciam tão pequeninas, acabaram por definir a nossa vida.
Penso bastante no que fizémos no passado, no que nos fizeram.
E, decididamente, foram raros os momentos de felicidade.
Não me peças então para reconsiderar, nem para me acalmar. Porque olhar para o passado é ver que a chama já não pertence à paixão e muito menos ao amor. As nossas diferenças que pareciam tão pequeninas, acabaram por definir a nossa vida.
Penso bastante no que fizémos no passado, no que nos fizeram.
E, decididamente, foram raros os momentos de felicidade.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Sem pedir nada
Ela é a primeira e única amiga. Assim no sentido literal da palavra. Mesmo com a timidez que me faz corar sem razão, sempre fiz muitos conhecimentos, mas nunca consegui passar à verdadeira amizade. Também muito por culpa da minha desconfiança e reserva quanto à minha vida. Mas ela é diferente. Não nos conhecemos desde os seis anos de idade, não brincámos juntas na rua, nem partilhámos as primeiras histórias e 'desaires' amorosos, nem a mesa da escola.
Mas teria sido bom, com toda a certeza. Compartilhar com ela a adolescência, as saídas à noite, as refeições às 3 da manhã só porque nos apeteceu, os cigarros, as pastilhas, a troca de roupa, o jogo do bate-pé... Como se os sonhos não nos coubessem nas mãos.
Cruzámo-nos profissionalmente há uns anos e nada mais que isso. Mas a profissão havia de nos juntar outra vez e aí sim. Agora posso dizer que somos cúmplices. Aliás, ela não é uma pessoa difícil de agradar. A humildade, a sinceridade e a simplicidade que a caracterizam provam isso mesmo.
Os segredos e desabafos que tantas vezes quase nos sufocavam à espera de serem revelados, são agora partilhados. Sem juízos de valor. Mesmo já estando nos "intas" acabamos por partilhar aquilo que parecem ser dúvidas existenciais - talvez comuns a tanta gente - e até algumas lágrimas. De dor, de amor, de injustiça, de felicidade.
Quando o telemóvel toca bastante cedo sei que é ela. Porque acordou com uma sensação estranha e quer apenas saber se está tudo bem. Eu digo sim e pronto.
Fui a primeira a saber que ia ser mãe e só não aconteceu também comigo porque o M. estava lá.
Ela é A amiga. Por tudo o que escrevi e não escrevi, porque há coisas que fazem tão parte de nós que não há palavras que as descrevam.
Mas teria sido bom, com toda a certeza. Compartilhar com ela a adolescência, as saídas à noite, as refeições às 3 da manhã só porque nos apeteceu, os cigarros, as pastilhas, a troca de roupa, o jogo do bate-pé... Como se os sonhos não nos coubessem nas mãos.
Cruzámo-nos profissionalmente há uns anos e nada mais que isso. Mas a profissão havia de nos juntar outra vez e aí sim. Agora posso dizer que somos cúmplices. Aliás, ela não é uma pessoa difícil de agradar. A humildade, a sinceridade e a simplicidade que a caracterizam provam isso mesmo.
Os segredos e desabafos que tantas vezes quase nos sufocavam à espera de serem revelados, são agora partilhados. Sem juízos de valor. Mesmo já estando nos "intas" acabamos por partilhar aquilo que parecem ser dúvidas existenciais - talvez comuns a tanta gente - e até algumas lágrimas. De dor, de amor, de injustiça, de felicidade.
Quando o telemóvel toca bastante cedo sei que é ela. Porque acordou com uma sensação estranha e quer apenas saber se está tudo bem. Eu digo sim e pronto.
Fui a primeira a saber que ia ser mãe e só não aconteceu também comigo porque o M. estava lá.
Ela é A amiga. Por tudo o que escrevi e não escrevi, porque há coisas que fazem tão parte de nós que não há palavras que as descrevam.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Às páginas tantas
Gosto de ler. Gosto de me sentir como se fizesse parte da história. Tenho sempre o meu livro de cabeceira e, por vezes, é o meu companheiro nas refeições. Enfim, é talvez das únicas coisas que me distrai, que me faz sentir livre. E se estou fascinada com a prosa, ainda mais. É o caso do que estou a ler agora. De tão absorvida que estou com a história e ansiosa por saber o final, nunca me apercebo do que se passa à minha volta. Eis que aparece uma amiga e me faz levantar os olhos do livro:
- Olá, nem dei por chegares.
- Estás a ler esse livro? Já o li. Ela morre...
Eh pá! Vai cagar...
- Olá, nem dei por chegares.
- Estás a ler esse livro? Já o li. Ela morre...
Eh pá! Vai cagar...
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
No ticket
Há coisas que me fazem uma certa espécie:
Porque é que os motoristas dos autocarros nunca têm trocos e ainda por cima são arrogantes?
Porque é que os motoristas dos autocarros nunca têm trocos e ainda por cima são arrogantes?
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Eu avisei
A propósito do último post, lamento informar mas... eu tinha razão.
Só tenho ouvido e lido críticas e mais críticas ao concerto.
Parece que o Parque, de Bela Vista só teve o nome. Poucos foram aqueles que conseguiram vislumbrar a 'diva'. Os ecrãs gigantes andavam ao sabor do vento. Azar dos azares. Além de não cantar 'Like a Virgin', também não fez um encore e deve ter-se enganado na rota porque, eufórica, terá perguntado: "Hablas espanhol"?
E pronto, toma lá €€€€€ porque Madonna é Madonna.
Só tenho ouvido e lido críticas e mais críticas ao concerto.
Parece que o Parque, de Bela Vista só teve o nome. Poucos foram aqueles que conseguiram vislumbrar a 'diva'. Os ecrãs gigantes andavam ao sabor do vento. Azar dos azares. Além de não cantar 'Like a Virgin', também não fez um encore e deve ter-se enganado na rota porque, eufórica, terá perguntado: "Hablas espanhol"?
E pronto, toma lá €€€€€ porque Madonna é Madonna.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Not
Parece que meio mundo vai ver a Madonna. Há que aproveitar estes momentos de cultura - ou loucura, como quiserem.
Eu não vou. Não gosto.
Eu não vou. Não gosto.
A terminar a semana
Ligo para a companhia de seguros e peço uma simulação para transferência do seguro automóvel.
Do lado de lá, um rol de perguntas mais complicadas para ela do que para mim e que terminam com um tímido desabafo da operadora:
- Sabe, eu percebo pouco de carros!
Haxa paciência.
Do lado de lá, um rol de perguntas mais complicadas para ela do que para mim e que terminam com um tímido desabafo da operadora:
- Sabe, eu percebo pouco de carros!
Haxa paciência.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Quando o azul deixa de ser bebé
O Bi trouxe-me hoje o convite para a sua primeira festa de aniversário. Confesso que me senti confusa. Vou deixá-lo ir? Claro que sim. Vou ficar lá com ele? Claro que não. O meu menino está a crescer e fico a tremer por dentro como se a insegurança em relação ao seu bem estar fosse incontrolável.
Quando escolhi o quarto dele pensei no que ele iria gostar quando crescesse e não comprei nenhuma mobília às cores ou em género de carro, figuras de desenhos animados ou algo que o valha. No quarto dele não pus a fita colorida a meio da parede. Gosto que ele seja espevitado, reguila, alegre, simpático e independente como manifesta ser. Mas deixar de ser bebé? Deixar de ser o meu bebé? Nunca.
Gosto tanto do cheirinho daquela pele.
Gosto tanto de lhe cantar a canção do miau, do ão ão, do cavalinho e das outras que invento.
Gosto tanto de não lhe conseguir contar uma história porque ele está sempre a fazer perguntas.
Gosto tanto de sentir aquele abraço e ouvir: "Esta é a minha mãezinha!"
Gosto tanto de lhe perguntar: "Gostas de mim? Muito ou pouco?" e ele responder: "Mais"
Um dia não vai querer que eu lhe dê banho. Não vai querer ir para a minha cama a meio da noite. Não vai querer que seja eu a escolher-lhe a roupa. Não vai querer que eu o acompanhe onde estão os seus amigos. Vai chamar-me chata por o controlar com o telemóvel, por o chamar a atenção com os perigos da Internet ou qualquer outra coisa que entretanto apareça.
Mas eu gosto e vou querer que ele seja sempre o meu bebé...
Quando escolhi o quarto dele pensei no que ele iria gostar quando crescesse e não comprei nenhuma mobília às cores ou em género de carro, figuras de desenhos animados ou algo que o valha. No quarto dele não pus a fita colorida a meio da parede. Gosto que ele seja espevitado, reguila, alegre, simpático e independente como manifesta ser. Mas deixar de ser bebé? Deixar de ser o meu bebé? Nunca.
Gosto tanto do cheirinho daquela pele.
Gosto tanto de lhe cantar a canção do miau, do ão ão, do cavalinho e das outras que invento.
Gosto tanto de não lhe conseguir contar uma história porque ele está sempre a fazer perguntas.
Gosto tanto de sentir aquele abraço e ouvir: "Esta é a minha mãezinha!"
Gosto tanto de lhe perguntar: "Gostas de mim? Muito ou pouco?" e ele responder: "Mais"
Um dia não vai querer que eu lhe dê banho. Não vai querer ir para a minha cama a meio da noite. Não vai querer que seja eu a escolher-lhe a roupa. Não vai querer que eu o acompanhe onde estão os seus amigos. Vai chamar-me chata por o controlar com o telemóvel, por o chamar a atenção com os perigos da Internet ou qualquer outra coisa que entretanto apareça.
Mas eu gosto e vou querer que ele seja sempre o meu bebé...
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