quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Quando o azul deixa de ser bebé

O Bi trouxe-me hoje o convite para a sua primeira festa de aniversário. Confesso que me senti confusa. Vou deixá-lo ir? Claro que sim. Vou ficar lá com ele? Claro que não. O meu menino está a crescer e fico a tremer por dentro como se a insegurança em relação ao seu bem estar fosse incontrolável.
Quando escolhi o quarto dele pensei no que ele iria gostar quando crescesse e não comprei nenhuma mobília às cores ou em género de carro, figuras de desenhos animados ou algo que o valha. No quarto dele não pus a fita colorida a meio da parede. Gosto que ele seja espevitado, reguila, alegre, simpático e independente como manifesta ser. Mas deixar de ser bebé? Deixar de ser o meu bebé? Nunca.
Gosto tanto do cheirinho daquela pele.
Gosto tanto de lhe cantar a canção do miau, do ão ão, do cavalinho e das outras que invento.
Gosto tanto de não lhe conseguir contar uma história porque ele está sempre a fazer perguntas.
Gosto tanto de sentir aquele abraço e ouvir: "Esta é a minha mãezinha!"
Gosto tanto de lhe perguntar: "Gostas de mim? Muito ou pouco?" e ele responder: "Mais"
Um dia não vai querer que eu lhe dê banho. Não vai querer ir para a minha cama a meio da noite. Não vai querer que seja eu a escolher-lhe a roupa. Não vai querer que eu o acompanhe onde estão os seus amigos. Vai chamar-me chata por o controlar com o telemóvel, por o chamar a atenção com os perigos da Internet ou qualquer outra coisa que entretanto apareça.

Mas eu gosto e vou querer que ele seja sempre o meu bebé...

1 comentário:

Ana Sofia disse...

POr mais que cresça será sempre o teu bébé lindo!
bjokas