quinta-feira, 31 de julho de 2008

Vacances multilingue

Tenho cá os tios do Luxemburgo. Trouxeram-me uma faca eléctrique e um perfume que cheira a rosas murchas (sempre dá para enfeitar a toilette). Para o M. uma chemise aos quadradinhos vermelha (acho que a vou cortar aos bocadinhos e usar para limpar o pó porque é daquelas boas: não deixam pêlos) e umas garrafas de whisky rasca. Para o Bi trouxeram uns cadeaux's e umas petit's roupas.
São calmos, falam baixo e por vezes até parece que nem nos ouvem. São gorditos mas andam sempre em pezinhos de lã que nem no soalho de madeira velha do avô se ouvem.
Há anos que conheço a roupa de férias do tio. Uns calções de ganga e umas t-shirt's de alças vermelhas ou azuis. Sandálias castanhas de fivela. Não falha. A tia é prática mas devido a um problema nos pés (ainda não sei qual é) tem de andar de sapatos fechados com os 40º da Beira Baixa. A prima adora fotografia e qualquer pássaro morto serve de cenário. Além de andar sempre agarrada ao telemóvel. O primo é mais sociável. É culto. Usa a barba e cabelo grande, óculos de aro preto a fazer lembrar um poeta perdido.
Mesmo em férias preocupam-se em comer a horas e se algum chega mais tarde (é certinho) há sempre uma boquinha em jeito de brincadeira mas a farpa já está lançada. A sorte é que o telemóvel da tia aqui em Portugal não marcha (ela diz assim) e por isso não nos consegue contactar antes de chegarmos. "Foi preciso tanto tempo para ir ao magazin? Pensei que iam acheter tudo." É uma das frases dela.
Depois vem a comida. Assim um bocado para o esquisito... À base de verduras, couscous, nada de carnes ou sumos com gás. É positivo se pensarmos em manter a linha no Verão, mas a juntar a isto vem um sermão sobre os malefícios disto ou daquilo... Podemos ficar malade, oui?
Têm lá as coisas deles mas são uns amores. Amigos da família e divertidos.
Agora vamos passar uns dias ao norte. Vamos estar todos juntos e apesar de tudo já estou a adivinhar as lágrimas da partida.
Boas férias para todos. Eu volto um dia destes...

Ah! Trazem também beaucoup de chocolat. Mas esses papo-os todos.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Olé Quique, Olé!!

Desde que chegou a Portugal este homem tem viajado por grande parte dos blogues de pertença feminina deste País. Pois aqui também não é excepção. Acho até que vou pedir muita (alguma, vá) polémica em torno do grande SLB para ver se se arranja mais umas conferências de imprensa e primeiras páginas de jornal...
N.R.: Proibo qualquer visitante deste estaminé a fazer piadas futebolísticas de pré-época.

Estarei eu ultrapassada?

Estou confusa. A modos que um pouco apardalada pelo que tenho visto neste mundo de hi5's, netlog's, fotolog's e todos os og's de que agora não me lembro.
Não falo de miúdas (muitas delas com pouco mais de 13,14 aninhos) quase nuas, em poses provocantes que se os paizinhos vissem talvez lhe dessem uns bons tabefes na cara (ou não!).
Falo do que escrevem nos comentários de fotos e de perfil das amigas (de miúda para miúda). Coisas do tipo: "És a minha puta"; Amo-te tanto";´"És só minha"; "És-me tanto"; "Quero sentir esses braços enrolados em mim", etc, etc...
O que me incomoda é tentar perceber até onde vão estas declarações. Nas páginas dos respectivos namorados ou amizades coloridas e o diabo a sete, não vejo nada disto. Vejo declarações simples e algumas delas até me fazem duvidar do sentimento nelas contido.

Acho ridículo, só isso. Talvez porque no meu tempo não havia internet, nem telemóveis...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Sinto-me com sorte

Tenho para mim que os erros e as contrariedades são o princípio do sucesso. E sempre que algo de mau me acontece é porque uma grande janela se vai abrir. Eu acredito. O pior é que só interiorizo isso quando estou quase a bater no fundo. Chama-se a isto comodismo, acho eu! E eu sou um bocado assim.
Estes dias não têm sido fáceis. Não por estar em baixo, desanimada ou sem vontade de fazer porra nenhuma, mas sim porque não tenho parado. Deixei de lado a ideia de dormir até sentir o corpo dormente, os papéis que estavam por arrumar ou mesmo para deitar fora aqui continuam. Não estou a fazer de dona de casa (desesperada), nem tão pouco ter o jantar a horas e tudo aprumadinho.
Saio, procuro uma ocupação, entro e saio daqui e dali, dou um apoio a quem neste momento mais precisa de mim e que enquanto pode ultrapassou todos os limites da bondade, amizade e grande mulher que é.
Vou ser capaz de me realizar em pleno. Afinal... já só me falta escrever um livro porque a árvore já está plantada e o meu filhote está cá para me fazer sorrir.

terça-feira, 8 de julho de 2008

O valor do estaminé

Não tenho aparecido por aqui mas tenho andado por cá. Quer dizer, mais lá do que cá. É que isto de ir semanas a fio à praia cansa bastante... Bom!

Todos os dias passo pela net, visito blogues e outras coisas e começo a pensar: "Este estaminé é fraquinho, fraquinho!"
Senão vejam.
Não há por aqui nenhum contador de visitas. Não faço a mínima de quem me visita. De onde vêm, para onde vão, o que procuram. Não sei colocar vídeos maravilhosos, nem encontro fotografias que valem mais que mil e quinhentas palavras. Apenas consigo que o 'banco de imagens' do google encontre alguma coisa. Muito fraquinhas também, diga-se de passagem.
Os meus magníficos textos não são merecedores de dezenas de comentários. Ninguém comenta, ninguém fala... Mas quero aqui deixar a devida homenagem e o meu sincero agradecimento aos (poucos) que o fazem. O meu blogue não é como o de um conhecido locutor de rádio que basta escrever "Vou cagar" e logo surgem centenas de comentários como: "És o maior"; "Admiro-te imenso"; "Continua assim" e por aí adiante.

Resumindo isto é fraquinho, muito fraquinho.

E agora estão à espera: "The End"? Pois tirem o cavalinho da chuva e levem-no para o Hawai porque não é isso que vai acontecer. Isto é mauzinho sim senhor mas é meu. E venho cá quando eu quiser e escrevo quando eu quiser e aquilo que quiser e quem quiser vir será bem recebido.
E pronto. Isto é meu.