terça-feira, 25 de março de 2008

Sem limites

A propósito do episódio tornado público em que uma aluna numa escola do Porto entra em confronto com uma professora, ouvi um comentário do género: "A professora não tinha nada de lhe tirar o telemóvel". Perante esta triste observação, não pude deixar de reagir.
Afinal, o professor é ou não a autoridade dentro da sala de aula? A questão é tão simples quanto isto: Dentro da sala de aula, aprende-se. Não há espaço para faltas de educação e criancices. Ponto final.
Lembro-me que no meu tempo (e não sou do tempo da outra senhora) havia respeito pelo professor e eu chegava a ter medo quando era convocada uma reunião de encarregados de educação. Não que me porta-se mal, mas havia um respeito difícil de ultrapassar, quer pelos professores, quer pelos pais.
Ainda hoje recordo a D.ª Luísa - a minha professora - e tudo aquilo que aprendi com ela. Recordo todos os meus professores, aqueles que me deixaram boas e más recordações. Mas recordo-os a todos, porque todos eles fizeram parte de uma época da minha vida da qual eu tenho saudades. Sentimento que os alunos da actualidade não conhecem.
Arrepio-me só de pensar no futuro desta geração e começo a ficar com receio dos valores que o meu filho vai ou não assimilar.
Outras notícias me espantam. Vi uma reportagem que não acompanhei de início mas que retratava os perigos das linhas de alta tensão, nomeadamente, junto a Santa Apolónia.
Pois bem, o cerne da questão estava na falta de sinalização e no pessoal que sai do Lux com um copo a mais (mas que, como disse um dos entrevistados, "não estava assim tão bêbedo") e vai de saltar para cima das cantenárias. Resultado: Electrocução. Mais que visto.
Pois, mas não havia sinalização!!! Pois não, eu ontem também vi um buraco no chão, mas como não tinha nenhum aviso atirei-me lá para dentro.
Será que sou a única a saber definir os limites do bom senso?

Sem comentários: