sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Erro no sistema


Não sou perita em percentagens e dados estatísticos. Gosto de abordar factos, dar e ouvir explicações … quando estas são aceitáveis.
Contactar um serviço de apoio ao cliente é, para mim, uma tortura só comparável com a ideia de um prato de favas na mesa.


Serviço = Préstimo


Apoio = Ajuda, auxílio


Cliente = Aquele que desespera pelo serviço de apoio

Colocá-los perante factos: “Já enviei 3 fax’s, 4 email’s, 2 cartas e a situação continua na mesma. Como fazemos?”
Do outro lado: “Pedia-lhe que nos contactasse mais tarde, não estou a conseguir aceder ao sistema”. Arggghhhh… Acabam logo ali com qualquer defesa.

Mas se disseres: “Quero liquidar uma dívida”.
Do outro lado, “Com certeza. Tenho o prazer de estar a falar com…? Ah, sim, estou a ver no seu processo que, de facto, há um valor em aberto e podemos já proceder ao pagamento”.
Aí já conseguem ter acesso a tudo. Morada, NIF, BI e se calhar até ir à nossa conta antes que esta fique a descoberto. (Que é como quem diz… “Tás entalado”!)

Isto já para não falar de quando estás eternamente à espera que te atendam e passados 20 minutos, a chamada cai. Ou mesmo quando finalmente conseguiste chegar ao operador, estás a meio da explicação daquilo em que ele pode ser útil e ups, a chamada caiu. Voltas a ligar e a explicar tudo outra vez.

Créditos fáceis. A primeira ganza de um toxicodependente.
“Aprovação em 24 horas. Sem burocracias”
Desespero, necessidade e lá vai disto. Uns euritos que dão para safar momentaneamente. “Quando acabo de pagar isto?”
“Não acaba, isto não é um crédito comum. A única coisa que lhe posso dizer é o montante em dívida”.
Importa-se de explicar melhor?
Ou então quando dizem que só podem dar informações ao titular do cartão.
“Rui, podes ligar e fazer-te passar pelo titular? Assunto resolvido. Telefone em alta voz. Sem burocracias.

Talvez por influência dos ‘Stinking cat’ (agora brilhei com o meu inglês) e na aposta incrementada (incrementada, é giro!) em melhorar o serviço, o apoio para a obtenção de números telefónicos úteis até que está diferente. Ou não se lembram do atendimento do extinto 118? Operadores de nacionalidade duvidosa que não percebiam os dados que fornecíamos, nem nós o que eles diziam… Diferente mas pouco, continua a ser um serviço caro como o clh.


Como diria o meu grande mestre Mário Alves: “Puta c’os pariu”!

Faço aqui as devidas reservas porque há serviços de apoio ao cliente que até funcionam bem… huuummm … ok, já volto.

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